Biografia
Marcelo Cidade desenvolve uma prática artística que investiga questões urbanas, arquitetônicas e sociais, transportando sinais e situações das ruas para espaços de arte. Suas intervenções artísticas se estendem a espaços públicos, e suas esculturas e instalações tratam de temas como desigualdade social, violência e a relação entre as esferas pública e privada.

No centro de sua produção, está o constante questionamento dos ideais modernistas, com foco especial na arquitetura. Cidade utiliza operações estéticas muitas vezes informais e subversivas para criar uma linguagem única. Seu trabalho frequentemente se baseia na apropriação, empregada como ferramenta para aprofundar o debate sobre a essência da arte – sua linguagem – e sua interação com o mundo material.

Outro aspecto marcante em sua obra é a habilidade de transformar objetos cotidianos encontrados nas ruas, como cercas, correntes, barricadas de concreto e outros elementos, em peças artísticas carregadas de significado. Ao abordar temas como controle, segregação, resistência e os poderes estabelecidos, suas criações convidam à reflexão sobre questões fundamentais da sociedade.

Marcelo Cidade tem sido destaque em uma ampla gama de exposições individuais e coletivas ao redor do mundo, consolidando sua presença no cenário internacional. Entre as principais mostras estão: Concretos no Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Léon [MUSAC] (2023), Elementar: fazer junto no Museu de Arte de São Paulo (MASP, São Paulo, 2023), Brutalism, Concrete, Art and Architecture no Tenerife Espacio de las Artes (Santa Cruz de Tenerife, 2022), Marcelo Cidade: Ministry of All no Storefront for Art and Architecture (Nova York, 2019), a Oslo Biennale (2019), Do Disturb no Palais de Tokyo (Paris, 2018), Subtotal no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia [MUBE] (São Paulo, 2017), Monumento, anti-monumentos no Museu Universitário El Chopo (Cidade do México, 2017), Das Loch no Künstlerhaus Bremen (Alemanha, 2016), além de participações marcantes na 27ª Bienal de São Paulo (2006), 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2011) e Biennial of the Americas no Museum of Contemporary Art (Denver, 2015).

Sua obra também foi exibida em instituições renomadas, como MASP, MAM-SP e Museu de Arte do Rio (MAR) no Brasil, Tate Liverpool (Inglaterra), Palais de Tokyo (França), CCA Wattis Institute for Contemporary Art (Estados Unidos), Künstlerhaus Bremen (Alemanha) e Fundación Jumex (México).


Além disso, suas criações integram coleções significativas, incluindo o Phoenix Art Museum (EUA), Fundação Serralves (Portugal), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil), Tate Modern (Inglaterra), Kadist Art Foundation (França/EUA), Museo Tamayo Arte Contemporáneo (México), Museu de Arte de São Paulo – MASP (Brasil), Bronx Museum (EUA), Itaú Cultural (Brasil) e Sayago & Pardon Collection (EUA). Essas conquistas destacam a relevância de sua prática artística no cenário global.

Obras
Exposições