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FOCO | Lais Myrrha
Série Derrama
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Os desenhos da série Derrama, contam com uma quantia pré-estabelecida de material (grafite em pó, limalha de ouro, etc) que são transferidos de um papel para outro até que o material acabe e não seja mais possível repetir a operação.
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Lais Myrrha
Derrama #4, 2019
Derramamento de 20 gramas de pó de ouro sobre papel (Pouring of 20 grams of gold powder on paper)
105 x 75 cm cada (41.3 x 29.5 in each)
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Embora o dia da Derrama tenha acontecido apenas uma vez e a despeito dos esquemas de sonegação que justificariam sua instituição, uma das consequências da insatisfação gerada por esta medida foi a Inconfidência Mineira, movimento separatista que foi severamente reprimido pelo governo de Maria I, então rainha de Portugal.
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O gesto que gera os desenhos, o derramamento de limalha de ouro ou do grafite sobre um espaço específico, o papel, ganha nuances distintas conforme os parâmetros utilizados.
Seja pela utilização de tamanhos de papel baseados em sistemas reconhecidos oficialmente por convenções como as séries A, B e C, subjacentes à produção industrial desse suporte, o que aponta para a padronização do espaço onde o desenho se forma (Derrama #5); seja no papel que tem por referência o formato de um cartão de crédito, sobre o qual a limalha de ouro é derramada, impregnando sua superfície e deixando, no papel sobre o qual foi colocado, sua contra-forma, que o torna um campo vazio delimitado pelo ouro em pó. -
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Laís é Doutoranda desde 2015 e Mestre pela Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais em 2007. Desde 1998, participa de diversas exposições coletivas e individuais, destacando a sua participação na: 2019 - 13a Bienal de La Habana: La construcción de lo possible (Havana, Cuba); 2018 - 12a Bienal de Gwangju: Bordas Imaginadas (Gwangju, Coreia do Sul); 2017 - Intervenções Urbanas (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, Brasil); Metrópole: Experiência Paulistana (Pinacoteca de São Paulo - São Paulo, Brasil); 2016 - 32º Bienal Internacional de São Paulo (São Paulo, Brasil); Brasil, Beleza?! (Museum Beelden aan Zee - Den Haag, Holanda); 2011 - 8ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, Brasil).
Suas exposições individuais recentes incluem: 2017 - Cálculo das diferenças (Galeria Athena – Rio de Janeiro, Brasil); Reparation of Damages (Broadway 1602 - Nova York, E.U.A.); Corpo de Prova (Sesc Bom Retiro - São Paulo, Brasil); 2016 - O instante interminável (Galeria Jaqueline Martins – São Paulo, Brasil); 2014 - Projeto Gameleira 1971 (Pivô – São Paulo, Brasil), entre outras.
Entre os prêmios destacam-se: Prêmio Honra ao mérito Arte e Patrimônio (2013 - Paço Imperial – Rio de Janeiro, Brasil) Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais, FUNARTE (2012 - Rio de Janeiro, Brasil) e Bolsa Pampulha do Museu de Arte da Pampulha (2003 - Belo Horizonte, Brasil). Seus trabalhos estão nas coleções dos museus: Blanton Museum of Art: The University of Texas (Austin, E.U.A.); Fundação de Serralves (Porto, Portugal); Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro, Brasil) e Pinacoteca de São Paulo (São Paulo, Brasil).