Yuri Firmeza: Agapanto Sísmico

Overview

After premiering in Portugal in 2022, this is the first time that Yuri Firmeza's film Seismic Agapanthus is shown in Brazil. Occupying Athena's Sala Casa, this work was commissioned during the Fuso Insular artist residency in São Miguel Island, Portugal, with the objective of promoting a connection between the island's landscape and the people who inhabit it, offering a new look and a new discourse that enriches the artistic heritage of the Azores. The project was produced by Duplacena.

 

Taking a popular festivity as its starting point - the traditional “Saint Peter's Cavalcades” - Firmeza proposes a speculative fiction about the relationship between this patron saint, a natural disaster (the image of Saint Peter and the church after which he was named were unharmed by the Pico do Sapateiro volcanic eruption that occurred in the 16th century), the colonial past, religiosity, and (re)staging the cavalcades for the present time.  

 

The compilation of experiences about a volcanic eruption, an act of faith in Saint Peter's Cavalcades, the re-enacted empire, and nature surveillance technologies are all intertwined during the 18 minutes of Seismic Agapanthus. Such a plot is no exception in Firmeza's research, which proposes a deepening of investigations that evoke various possibilities for reflection on temporality, memory, individual and collective experiences, pushing the limits between fiction, the possible, and the real.

 

"I was out of Brazil for four years. Producing Seismic Agapanthus during my residency on São Miguel Island was a way to once again understand historical asymmetries, and their colonial violences in the relationship between Brazil and Portugal. The Azorean presence in Brazil is significant, therefore, after so many years of being geographically distant, going to the Azores was, in some way, revisiting Brazil as well," says Yuri Firmeza. 

 

For the Brazilian premiere of Seismic Agapanthus, the Sala Casa also includes a TV with the video Prologue - a nearly seven-minute scene, of which only an excerpt was used in the final version of the film.

 

Após estreia em Portugal em 2022, essa é a primeira vez que o filme Agapanto Sísmico, de Yuri Firmeza, é mostrado no Brasil. Ocupando a Sala Casa da Athena, esse trabalho foi comissionado durante a residência artística Fuso Insular na ilha de São Miguel, em Portugal, com objetivo de promover um encontro entre a paisagem da ilha e as pessoas que a habitam, oferecendo um novo olhar e um novo discurso que enriquecem o patrimônio artístico dos Açores. O projeto contou com a produção da Duplacena.

Tendo como ponto de partida um festejo popular - as tradicionais Cavalhadas de São Pedro -, Firmeza propõe uma ficção especulativa sobre a relação entre este santo padroeiro, um desastre natural (a imagem de São Pedro e a igreja a que deu o nome saíram ilesas da erupção vulcânica ocorrida no Pico do Sapateiro no século 16), o passado colonial, a religiosidade e a (re)encenação das cavalhadas para o tempo presente.
 
A reunião das experiências sobre uma erupção vulcânica, de um ato de fé nas Cavalhadas de São Pedro, do império reencenado e das tecnologias de monitoração da natureza se entrecruzam durante os 18 minutos de Agapanto Sísmico. Tal trama não é obstante da pesquisa de Firmeza, que propõe um adensamento de investigações que evocam várias possibilidades de reflexão sobre temporalidade, memória, experiências individuais e coletivas, pressionando os limites entre a ficção, o possível e o real.
 
"Estive fora do Brasil por quatro anos. Realizar Agapanto Sísmico durante residência na Ilha de São Miguel foi de algum modo entender, uma vez mais, as assimetrias históricas, suas violências coloniais na relação entre Brasil e Portugal. É significante a presença açoriana no Brasil, portanto, depois de tantos anos geograficamente distante, ir ao Açores foi, de algum modo, revisitar também o Brasil", conta Yuri Firmeza. 
 
Para a estreia brasileira de Agapanto Sísmico, a Sala Casa abriga também uma TV com o vídeo Prólogo – uma cena de quase sete minutos dos quais apenas um trecho foi aproveitado na versão final do filme.
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