Gustavo Prado São Paulo, Brasil, 1981

Ao longo de mais de duas décadas de trabalho, a produção de Gustavo Prado tem investigado nossa presença no mundo, especialmente nas relações estabelecidas a partir de diferentes concepções de espaço e imagem. Utilizando variados suportes ao longo dos anos, como vídeo, fotografia, objeto, instalação e, mais recentemente, grandes intervenções, suas obras fazem uso de recursos técnicos e materiais industriais – parte de um vocabulário modular compartilhado internacionalmente pela construção civil e por empresas de segurança. São elementos como espelhos, estruturas metálicas e sensores de presença, que são colocados em contraste com o olhar fenomenológico e em diálogo com questões da herança construtiva brasileira, que se configuram não só a partir das obras no espaço expositivo ou fora dele, mas também a partir da relação com o espectador e sua imagem. Assim, Gustavo Prado acaba por revelar em suas proposições, o interesse pela contaminação em diferentes configurações de coletividade, ao mesmo tempo em que garante uma espécie de silêncio da experiência individual.

Gustavo Prado nasceu em São Paulo (1981), e cresceu no Rio de Janeiro. Estudou Filosofia (2001) e Desenho Industrial (2009), mas foi na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1998-2002), no Rio de Janeiro, onde se deu grande parte da sua formação como artista.

Dentre suas principais exposições individuais estão: 2019 - Assembly (Galerie Richard - Nova York, E.U.A.); 2018 - Colisão Conluio Colisão (Galeria Nara Roesler - São Paulo, Brasil); 2017 - The Opposition (Gitler Gallery - Nova York, E.U.A.), entre outras.

Em 2017, com a obra Lamp Beside The Golden Door no festival de música Coachella, realizado na Califórnia (EUA), o artista deu início a uma série de trabalhos em grande escala. Em 2018 inaugurou na Casa Firjan (RJ) a instalação pública permanente Trincheiras; em 2022 integrou o conjunto de Arte Urbana da Bienal do Mercosul com O Morador, e em 2023 realizou seu primeiro projeto na Ásia, instalando Gathering Place na cidade chinesa de Chongging.

Dentre as principais exposições coletivas estão: 2023 - O que há de música em você (Galeria Athena - Rio de Janeiro, Brasil ); 2022 - Echoes Are Visible (The Boiler - Nova York, E.U.A.) 2021 - O Morador (Bienal do Mercosul - Porto Alegre, Brasil) 2017 - Bronx Calling: AIM Bronx Museum Biennial (Nova York, E.U.A) 2007 - Novas Aquisições na Coleção Gilberto Chateaubriand (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil); 2005 - Projectiles d'Art Contemporain in Espace Brésil - Funarte, Ano do Brasil na França (Paris, França); 2006 - Rumos Artes Visuais (Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil), entre outras.

Gustavo Prado participou de diversas residências artísticas, entre as mais recentes: Further on Air (2020 - Nova York, E.U.A.); Bric Residency (2019 - Nova York, E.U.A.) e AIM Bronx Museum (2017 - Nova York, E.U.A). Dentre os prêmios que foram recebidos pelo artista, estão: Art Prize 10 (2018 - Public Art Grant Calder Plaza - Michigan, E.U.A.) e Prêmio de Arte Contemporânea – Projéteis (Funarte - Rio de Janeiro, Brasil).